Autoridades defendem a integração dos programas sociais
- Atualizado emAs ações integradas são consideradas como um dos principais pontos para o melhorar os resultados na área do desenvolvimento social
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A secretária Estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Maria Helena Guimarães de Castro, afirmou hoje, dia 5 de maio, que a articulação e integração entre os programas sociais são fundamentais para o desenvolvimento social. Segundo ela, todos os fatores que integram o crescimento sustentado devem ser englobados para que haja resultados mais efetivos como questões ambientais, ciência e tecnologia, economia e social. “Assim poderemos evitar a fragmentação e pulverização das iniciativas”, disse durante a 2ª edição do Seminário Caminhos para o Desenvolvimento realizado no CIESP abordando o desenvolvimento social.
Maria Helena, que até pouco tempo conduzia a pasta de Assistência e Desenvolvimento Social do governo do Estado, explicou os programas sociais da atual gestão. “No início da gestão Alckmin assumimos o desenvolvimento social integrado”, frisou.
A secretária destacou que São Paulo é um dos únicos estados que possuem um sistema de informação no qual permite identificar pontos focados onde há presença de maior vulnerabilidade além de empreender ações flexíveis para atender as especificidades locais e prestar contas para a sociedade. “O dinheiro que é investido nesta área é público, por isso, temos a responsabilidade de mostrar os resultados”, disse. O governo estadual repassou neste ano cerca de R$116 milhões aos municípios na área social.
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Secretária Maria Helena: desenvolvimento social sustentado |
Outro ponto destacado por Maria Helena foi a criação de novas Escolas Técnicas e Fatecs em diversas regiões do Estado. “A grande política de inclusão social para garantir sustentabilidade é a educação”, afirmou.
No âmbito municipal, o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo, Floriano Pesaro, falou aos empresários sobre o programa Ação família, que ao lado do São Paulo Protege, visa diminuir as adversidades e diferenças sociais do município. “Acreditamos que o desenvolvimento social se dá, primeiramente, no município pela proximidade com o cidadão”, disse.
O diretor presidente da Abrinq, Rubens Naves, apontou que o problema de política publica no Brasil consiste na falta de integração e, principalmente, no ciclo de governo, ou seja, as mudanças de gestão que interrompem a continuidade de iniciativas. “Existe um diálogo limitado entre os três poderes. Os programas não se complementam, cada um tem o seu, o que resulta na dispersão de resultados”, ponderou.
Plano estratégico
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Troyjo: Políticas para desenvolvimento estratégico |
Alimentando o debate sobre o tema do seminário, o presidente Internacional Gazeta Mercantil, e membro do CEEA/CIESP, Marcos Troyjo, observou que não são suficientes apenas os programas sociais desenvolvidos pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de São Paulo. Segundo ele, são necessárias políticas voltadas para o desenvolvimento estratégico. “Os programas são válidos, mas são paliativos e de alívio”, comentou. Para Troyjo , o desenvolvimento social sustentado acontecerá apenas com o aumento de produtividade, de empregos e, conseqüentemente, de renda.
O presidente do CIESP, Claudio Vaz, reforçou a necessidade de criação de programas que estimulem a produção como cooperativas de trabalho e microempresas para que se encontre saídas que não o assistencialismo. “Devemos evitar o comodismo e incentivar a inclusão social dos cidadãos, por meio do trabalho”, completou.
A vez do empresariado
Vitor Seravalli, diretor titular do Departamento de Responsabilidade Social (DRS) do CIESP, salientou as ações da entidade para sedimentar a prática do terceiro setor entre os empresários. “Hoje a responsabilidade social é variável estratégica para os negócios”, disse. Para ele, os empresários devem inserir as necessidades sociais nas suas práticas. “O governo e o setor privado devem caminhar juntos para desenvolvermos o social sustentado”, considerou.
Veja as palestras apresentadas no Seminário Caminhos para o Desenvolvimento “Desenvolvimento Social Sustentável”